A Agência 1a1 está de aniversário: dois anos completados esse mês a reboque de muito café, sabe se lá quantas músicas escutadas, clipes assistidos, notas escritas e criatividade que as vezes parece vir do sobrenatural. Nesses 730 dias aprendemos muito sobre music business e, claro, refinamos nossa experiência em assessoria de comunicação para músicos. Nosso presente é deixar com vocês quatro dicas simplíssimas de como melhorar a divulgação global da sua banda (já chegaremos lá).
Nascemos de um problema: bandas independentes, mais propriamente as do segmento heavy metal, não estavam enxergando o vácuo gigante entre as novas formas de exibir suas bandas ao público e nem o calabouço em que estavam mofando quando o assunto era a falta de atributos na informação que entregavam. Logo agora, na era da geração de conteúdo, onde qualidade conta e muito para te elevar ou rebaixar da primeira à última página de resultados do Google. E isso exige, no mínimo, organização e nem toda banda é receptiva à ideia.
Como empresa, a 1a1 só tinha mesmo é que equacionar a conta principal: baixo orçamento dos artistas x a entrega de material honesto e acima da média atual do mercado de mídia para a música. A concorrência é maior se falamos em assessorial musical no geral, mas para o heavy metal e os mais independentes a coisa começa a afunilar bastante.
O potencial de crescimento para todas as peças desse xadrez que perceberem a importância de investir em formas descentes de se apresentar além palco é ainda incalculável. Falamos aqui das bandas e de nossos próprios concorrentes que atuam ou desejam investir nesse mercado. Se com dois anos de vida já percebemos tudo isso, podemos deduzir que ainda há de se jogar muita terra pra conseguir tapar esse buraco que é a comunicação para o nicho heavy metal e rock independente.
Vamos às quatro dicas:
1 – Escreva corretamente
Tudo. De e-mail à postagem no Facebook. Você não está a todo momento falando com seus brothers e aparecer com português impecável (se sua banda só fala com uma base de fãs nacional) é a arma ue você tem por traz da tela fria do computador. Uma mensagem mal direcionada, mal escrita induz a erros e mais: pode colocar em xeque a reputação da sua imagem. Dá pra confiar em gente que publica na página oficial da sua marca coisas como “anciedade” e “realisação”? Se a gente fosse fabricante de instrumento musical, grife de roupa em busca de injetar dinheiro em música, pode ter certeza de que a banda da “trajédia” com “j” iria para o final da fila.
2 – Faça boas fotos
Se não dá para investir em máquina fotográfica, vale a pena aplicar capital em smartphones com câmeras minimamente competentes na hora de entregar imagens com mais qualidade (mais claras, menos granuladas). A atenção do púbico é disputada pelo milhões de perfis ativos no Instagram e se tem uma coisa que o mercado formal já ensinou faz tempo é que a imagem é a alma do negócio. Independentemente dos registros do cotidiano, mais simples, vale empregar o dinheiro em sessões de foto com um profissional. Você vai precisar na hora de divulgar-se para a imprensa.
3 – Invista no merchandising
Mais um campo em que a disputa de atenção entra em jogo. Bandas antes competiam a atenção dos fãs com outras bandas. Hoje disputam com Netflix. Um merchandising bacana, que saia do óbvio e se venda independentemente da banda, só por ser um artigo genuinamente legal, como uma bela camiseta, vale a pena já que não dá para contar só com apresentações para levantar fundos. O merch funciona como um outdoor ambulante do grupo. Importante dizer: invista em uma loja online e em máquina ou aplicativo que aceite pagamentos em cartões para levar aos shows e não perder vendas nem de um jeito nem de outro.
4 – Faça shows
Uma banda deve existir para tocar (por favor, digam que sim!). Não abra mão de cair na estrada e se inserir o quanto puder, mesmo sob toda dificuldade, no circuito de shows acessível a seu som. De repente, você encontra espaço como artista de rua e não necessariamente em casas de espetáculos. Certifique-se de estar tocando para um público que pode se converter em fã ao apagar das luzes. Vale a pena batalhar pelos espaços onde as pessoas estejam interessadas no tipo de som que você faz e na mensagem que você transmite. Uma banda de barbudos com jaquetas de couro imaginamos tocar num motoclube e não em um bar universitário, certo?
Para esses dois anos de Agência 1a1 só resta apagar as velas em agradecimento às bandas que confiaram na nossa proposta de fazer mais e melhor por sua comunicação global: Setfire, Sepultura, Krisiun, Alexandre de Orio, Voodoopriest, Blackning, BlinDj, Ted Marengos, Thiago Sonho, Autoramas e muitos outros que passaram por nossas consultorias, serviços ou toparam um cafezinho com a gente. Um abraço especial ao nosso irmão, designer e velho de guerra diplomado, Bruno Abbate.